Para além da matéria referente a L’Association, foram trazidas para a página inical as correcções de Carlos Rico, acrescentadas como comentário ao post de ontem (sobre o Salão de Moura) – para quem não leu.
UniversoHQ.com, 06 Abril 2011
FUTURO DA EDITORA L'ASSOCIATION SERÁ DECIDIDO NA SEGUNDA-FEIRA, DIA 11 DE ABRIL
Por Sérgio Codespoti
Uma das mais importantes editoras independentes francesas, a L'Association, está vivendo uma enorme crise, desde dezembro de 2010, e terá seu futuro decidido em 11 de abril.
A L'Association surgiu em 1990, criada por Jean-Christophe Menu, Lewis Trondheim, David B., Mattt Konture, Patrice Killoffer, Stanislas e Mokeït. A editora era uma alternativa para autores que tinham dificuldades em lançar seus trabalhos nas grandes casas publicadoras, como Casterman, Dargaud, Glénat etc.
A L'Association criou uma revolução cultural no mercado franco-belga e modificou o comportamento das grandes editoras. De entre os autores de renome publicados pela L'Association estão Marjane Satrapi (Persepolis), Joann Sfar (O Gato do Rabino), Massimo Mattioli e Edmond Baudoin.
Entre 2005 e 2006, a maioria dos membros fundadores abandonou a editora, com exceção de Jean-Christophe Menu e Matt Konture. A situação da L'Association se complicou em dezembro de 2010, quando a brutal queda de vendas dos livros da editora (e de outras pequenas casas independentes) resultou no fechamento da distribuidora Le Comptoir Des Indépendants.
No final de 2010, foram anunciados cortes nos livros publicados e a demissão de três dos sete funcionários da editora. Os quatro empregados restantes entraram em greve em janeiro de 2011, e chegaram a fazer protestos, ocupando o escritório da empresa e fazendo demonstrações no Festival de Angoulême.
Os trabalhadores queriam explicações para a demissão de funcionários, pois acreditavam que a empresa estava numa situação financeira estável, e mais transparência nas decisões de Jean-Christophe Menu.
Em março, Lewis Trondheim publicou uma HQ em seu blog, satirizando a situação e os problemas da editora. Na sequência, surgiram um cartum de Patrice Killoffer e um longo texto de David B.
Todos estão contrariados com as atitudes de Jean-Christophe Menu e os rumos que ele deu para a L'Association nos últimos anos.
O assunto será resolvido em 11 de abril, numa reunião da assembleia geral da editora (programada para as 10 horas), em Paris, na França. Até o momento, os funcionários permanecem em greve.
____________________________________________________
CORRECÇÕES DE CARLOS RICO
AO NOSSO POST DE ONTEM
Caríssimo Jorge:
Obrigado pela divulgação que estás a dar ao salão. Permite-me, contudo, uma pequena correcção ao teu texto.
Tem a ver com a exposição de José Garcês (O Lince Ibérico), que efectivamente estava prevista mas que não vai ser incluida no salão. Vai ser realizada em Moura, também, mas numa ocasião posterior (em princípio durante a segunda quinzena de Maio) e com lançamento oficial do álbum com o mesmo nome.
Em sua substituição, teremos a exposição "El autor y su pagina", vinda directamente das Jornadas Profesionales del Comic y Ilustracion de Granada, com quem o Moura BD se vai geminar em sessão agendada para dia 24 de Abril.
Trata-se de um conjunto de cerca de meia centena de pranchas de autores granadinos. Alguns desses autores estarão em Moura, no primeiro fim-de-semana de Abril, casos de Miguel Ángel Alejo, Carlos Hernandez, Clara Soriano, Rosa Moline e Maria Luisa Rodrigo.
Já agora, aproveito para referir que o salão, para além da página no facebook, já tem sítio oficial AQUI (o endereço aliás está no cartaz). Aí poderão consultar o programa completo e actualizado quer do Moura BD quer da Feira do Livro.
Grande abraço
________________________________________________
Machado, não chegou a haver uma "brutal queda de vendas". A questão é que a L'Association teve o seu desempenho nos últimos tempos BASTANTE inflacionado pelas vendas (essas sim brutais) de Persepolis, que, obviamente, era um fenómeno que não poderia durar para sempre.
ResponderEliminarAlém disso, o afastamento de muitos fundadores, que incluíam a maior parte dos autores mais populares da editora, significou uma redução no número de lançamento "high profile" da editora.
Portanto, não é questão das vendas terem caído. É que houve menos lançamentos importantes e a L'Association não tinha mais o "blockbuster" Persepolis para pagar as contas. O típico álbum da editora continua a vender como sempre vendeu (mal, é verdade...).
Desculpa, Jorge, mas cometi uma gafe: onde se lê "primeiro fim de semana de Abril" deve ler-se "primeiro fim de semana do salão" (ou seja, 22, 23 e 24 de Abril).
ResponderEliminarVamos a ver se é desta que a informação é dada correctamente...
Abraço
Carlos Rico