sexta-feira, 11 de novembro de 2011

DIÁRIO DE K. DE FILIPE ABRANCHES INCLUÍDO EM “1001 COMICS YOU MUST READ BEFORE YOU DIE”

Única BD portuguesa incluída em 
“1001 Comics You Must Read Before You Die”
DIÁRIO DE K. de Filipe Abranches





“O diário de K.”, de Filipe Abranches, editado em 2001 pelas Edições Polvo, é a única obra portuguesa a figurar em “1001 Comics You Must Read Before You Die”, um trabalho exaustivo de 960 páginas, com fichas para cada livro, organizado pelo estudioso britânico Paul Gravett e que contou com a colaboração de 67 especialistas mundiais em Banda Desenhada, entre os quais os portugueses Domingos Isabelinho e Pedro Moura.

Sobre a obra “O diário de K.”, uma adaptação de “A Morte do Palhaço”, de Raul Brandão, escreveu o crítico João Paiva Boléo, no semanário Expresso: “Tensa, poética, com soluções gráficas extremamente belas, fazendo por vezes lembrar Fred/Jules Renard, mais do que propriamente uma história, como no texto de partida são-nos transmitidos visualmente estados de alma, vidas perdidas, o sonho como incapacidade de encarar a vida prática, ou a vida «tout court», a nostalgia e o medo do amor, o circo como eterna parábola da vida e da dor, do riso e da tragédia, o medo da morte.”

O mesmo jornal consideraria “O diário de K.” como “Álbum Nacional do Ano 2001”.

Filipe Abranches foi o vencedor da primeira Bolsa de Criação Literária, na categoria de BD, atribuída pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (Ministério da Cultura), em 1999, o que lhe permitiu conceber “O diário de K.”, disponível no mercado.

A lista completa das obras seleccionadas para “1001 Comics You Must Read Before You Die”, lançado em Outubro de 2011, pode ser consultada em:

http://www.paulgravett.com/index.php/1001_comics/1001_country/

Autor
Filipe ABRANCHES, argumento e desenho; Raul BRANDÃO, autor da obra adaptada
Editora: Polvo
Ano de Publicação: 2001
Número de Páginas: 40 p.
Impressão: Duas Cores
Faixa Etária Recomendável: A partir dos 16 anos

Comentários:

Para a crítica é considerada como «a obra de maturidade plena» de Filipe Abranches , onde um palhaço enfrenta a morte em ambiente de agudo romantismo e extrema solidão. A verdade é que Filipe Abranches se confirma como extraordinário produtor de imagens fortes.

© 2001 Literastur; João Paulo Cotrim

«Adaptando “A morte do palhaço” de Raúl Brandão, o autor usa o poder evocativo de seu fabuloso desenho, moldando o texto em medos e angústias que encontram plena expressão visual nas reveladoras sombras dos inquilinos da pensão, na magia enganadora do circo. De tal modo “falam” as imagens que o texto se reduz a um mínimo, se exceptuarmos uma sequência perto do final, quando o desenho “corre” atrás das palavras. Servindo para localizar melhor o leitor no labirinto de máscaras, desejos por cumprir, espectáculos de falsa felicidade. Onde o desespero se resgata numa derradeira redenção. Mesmo que a morte pareça uma amante razoável, amar sempre é melhor que morrer. Mesmo que, no final, um público clame “Fora o autor!”...»

© 2001 JL; João Ramalho Santos





Filipe Abranches, auto retrato

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