quinta-feira, 5 de julho de 2012

BDpress #355: ESTREOU HOJE (ÀS 13h00) O NOVO FILME DO HOMEM ARANHA – JORGE PEREIRA NO C7NEMA



«O FANTÁSTICO HOMEM-ARANHA» REGRESSA PARA UMA NOVA TRILOGIA E (PROVAVELMENTE) ALGO MAIS ...

Por Jorge Pereira
Quarta, 04 Julho 2012


Recorte de texto do site www.c7nema.net

Cinquenta anos depois da sua primeira animação nos comics, o Homem-Aranha chega de novo aos cinemas após um bem-sucedido franchise que dominou as bilheteiras entre 2002 e 2007. Este reboot, assumido desde o início para dar nova vida à saga, foi fortemente criticado pelos fãs da trilogia de Sam Raimi e muito incompreendido quando se tomou a decisão de o executar (em vez de um quarto Homem Aranha da era Raimi).

Na verdade, se há coisa de que o Homem Aranha nunca se livrou foi das críticas iniciais. Basta olhar para a escolha do ator por trás de Peter Parker. Quer Tobey Maguire como Andrew Garfield enfrentaram duras críticas quando foram selecionados. Não é nova esta situação. Aliás, nas adaptações de banda desenhada ao cinema surgem as maiores criticas quando se anunciam os castings. Até Heath Ledger foi espezinhado quando o escolheram para Joker.

A “ESTRANHA” ESCOLHA DE GARFIELD PARA O HOMEM ARANHA

Tal como Maguire, Garfield não tinha um percurso muito profícuo em blockbusters e filmes profundamente comerciais. Na realidade, ambos partilhavam um percurso interessante no cinema independente, onde se destacam fantasias que se tornaram objetos de culto à sua maneira: «Pleasentville – Viagem ao Passado», no caso de Maguire. «Never Let Me Go - Nunca me deixes», no caso de Garfield. A estes juntam-se filmes mais dramáticos e mais abrangentes (através de nomeações aos Óscares): «As Regras da Casa» no caso do antigo Homem-Aranha, «A Rede Social» no caso do novo Spidey. Aliás, uma coisa parece óbvia na busca de atores para este franchise. Sempre se procurou um Peter Parker e não um Homem Aranha.

Escolher Garfield, tal como Maguire, foi algo óbvio. A partir do momento em que se quer voltar à origem e à descoberta de Peter Parker da sua missão no mundo, dos seus tempos de adolescente, optar por alguém com capacidades dramáticas acima da média era fulcral. Ainda mais que a própria credibilidade como herói musculado de ação, pois nos filmes baseados em banda-desenhada, não há nada que digitalmente não se consiga.

O próprio Garfield define este como provavelmente o único blockbuster desta dimensão em que participará. O porquê? Porque não precisa de mais. A maioria dos atores precisa de mostrar serviço no cinema comercial e no cinema independente. No indie e menos comercial, Garfield já tinha deixado uma boa marca. Faltava um filme gigantesco. «Não preciso de fazer nada desta grandiosidade nunca mais. Este é um papel que dá visibilidade. Existem muito poucos papéis desta dimensão que me fizessem levantar da cama e o Homem Aranha é aquele que o conseguiu. Eu tinha de ser o Homem Aranha, pois ele é o meu favorito. E foi o meu favorito desde os três anos de idade», conclui Garfield sob o tema.

O VESTIR O FATO

«O Homem Aranha é o Homem Aranha. Não interessa quem veste o fato.» Assim o diz Garfield, que acrescenta que ninguém quer ver o britânico que está por trás do super herói. No final, todos vão dizer, «olha o Homem Aranha». Nada mais certo. O que Garfield diz é a mais pura das verdades na Hollywood de hoje em dia e é quase certo que depois desta nova trilogia – já assumida publicamente no Facebook do super-herói – outro ator surgirá para desempenhar o papel. Certo é também que dificilmente essa nova era regressará à juventude de Peter Parker, ainda que em Hollywood tudo seja possível. Basta ver as duas abordagens dadas ao franchise Batman: o estilo gótico mais caricatural de Tim Burton; o estilo sério, negro e duro de Christopher Nolan.

Aqui reside uma das dúvidas deste novo «Fantástico Homem Aranha». Se no caso de Batman haverá uma abordagem global bastante diferente a todo o franchise, reside em Marc Webb a dúvida das diferenças para a saga de Raimi – temporalmente mais próxima dos espectadores que ainda a guardam na memória de forma mais viva.

Seja como for, Garfield mostra-se esperançoso com o futuro e não só quer fazer a sua trilogia Homem Aranha, como ainda quer dar uma perninha numa hipotética presença do aranhiço em «Os Vingadores».

O SALTO PARA «OS VINGADORES» E A LIGAÇÃO A «VENOM»

Numa entrevista à Vulture da NY Mag, há uns meses atrás, Garfield admitiu que adorava participar numa sequela de «Os Vingadores» e que teve imensa inveja de não poder estar presente no primeiro filme. «Vi o filme e adorei. Vou ver outra vez no fim de semana. Não tenho problemas em contribuir para as receitas que está a ter. [risos] O Joss Whedon é um génio e o elenco é fantástico. Tive muita inveja. Eu queria saltar para dentro do ecrã e atuar com eles. Matou-me não estar presente, mas percebo a razão e não me senti insultado. Porém, se o Samuel L. Jackson quiser me chamar, estarei no próximo.»


Recordamos que o Homem-Aranha, tal como o Tocha Humana e Wolverine chegaram a fazer parte dos (novos) Vingadores na banda-desenhada. Porém, a Sony detém os direitos cinematográficos do primeiro, e a Fox dos outros dois, o que impede (em teoria) que participem num filme da Disney (estúdios rivais). Será que ainda vamos assistir a uma joint venture só para a sequela de «Os Vingadores»? Tudo é possível no mundo do cinema, e os produtores do Homem Aranha já deixaram uma porta aberta a essa possibilidade. Porém, primeiro é preciso ver o que este «O Fantástico Homem-Aranha» fará sozinho. «Tudo é possível. Se algo assim acontecer, será óptimo para a Disney e para a Sony…se a história certa aparecer. (…) A forma de fazer estes filmes de “equipa” funcionarem é criar os materiais base, quer tecnologicamente quer criativamente, em filmes [individuais]. Caso contrário não é possível», afirmou Avi Arad.

Para além disso, está aberto também um spin-off, mas este curiosamente começará também sozinho e só mais tarde poderá ligar-se ao Homem-Aranha.

Falamos de «Venom», uma «entidade» que deixou a sua marca no universo da banda desenhada do Homem Aranha e que chegou mesmo a surgir no terceiro filme do franchise na era Sam Raimi, encarnado por Topher Grace.

Enquanto se prepara um filme sobre esta personagem, fazem-se contas de uma possível ligação no futuro. «É a história de Eddie Brock. Nós queremos estar muito perto dos eventos que ocorrem nos comics e fazer um filme fantástico sobre o Eddie», afirmou Arad. Já o produtor Matthew Tolmach acrescentou que Eddie «é um jornalista. Ele errou na construção de uma peça jornalística e foi despedido.». Eventualmente se o filme funcionar, é mais que uma possibilidade Venom entrar numa sequela do franchise do «Homem Aranha».











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Ver AQUI a ficha técnica do filme, incluindo todo o cast.
Ver também AQUI os trailers, uma série de críticas, curiosidades, cartazes e fotos do filme.
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E tal como previsto saiu também, com o jornal Público, o  primeiro volume da colecção Os Heróis da Marvel: HOMEM ARANHA - INTEGRAL FRANK MILLER, por € 4,90 (preço de lançamento)
Ver AQUI o texto de Pedro Cleto sobre este volume.


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NOTA: Todos os textos publicados no Kuentro como recortes de imprensa, ou de outras origens, respeitam a ortografia dos seus autores, mesmo quando seguem religiosamente o Aborto Ortográfico de 1990, actualmente em vigor, e para cujo teor o editor deste blogue se está completamente nas tintas! 

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